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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Por que jogar Gears of War em 2025?

Falae seus doido!

Um dos jogos que definiram a geração Xbox 360/PS3 foi a franquia Gears of War: criado pela Epic Games como um exclusivo do console da Microsoft, Gears tinha tudo o que os donos da caixa gostavam: jogo de tiro frenético, com muita estratégia e universo rico.

Ela é uma das franquias mais longevas dessa geração, talvez superando até mesmo o onipotente Halo como jogo que se manteve mais ativo, e com jogos mais bem avaliados (sim, Halo 5, estou olhando para você): apesar de ter menos títulos que o jogo dos Spartans, com cinco jogos numerados, um spin off e um jogo tático, Gears of War sempre foi um dos meus favoritos, tendo inclusive um relançamento para a geração seguinte a seu lançamento, e, atualmente, uma nova versão que saiu não apenas para as plataformas da Microsoft e Steam, mas também, impensavelmente quando o jogo original saiu em 2006 – sim, Gears of War completará VINTE ANOS em 2026 – para um console da SONY.

Gears of War Reloaded é um novo remake de Gears 1 e prova que, embora bem antigo, o primeiro Gears of War ainda é muito atual, seja em enredo ou jogabilidade (e poderia ser ainda melhor!). Quero agradecer a Microsoft pela moral em aprovar uma chave do jogo para mim, que fiquei MUITO no hype pra jogar!

Eu não tinha entendido muito bem o lançamento de um novo remake do primeiro jogo recente, ainda mais com o anúncio do Dia E, que é o jogo da franquia que aparentemente trará o Dia de Emergência, o evento cataclísmico que causou todos os problemas do jogo – quase que um “Halo Reach” de Gears of War. Então, eu realmente achei estranho voltarem de novo para o primeiro Gears, apesar que a versão “Reloaded” era vendida com um valor menor para quem já tinha o primeiro remake do jogo: então, pra mim, a intenção desse lançamento é mais pensada num lançamento para o PS5 – o que aparentemente deu MUITO certo, porque na semana de lançamento Gears of War Reloaded foi um dos jogos mais jogados no console da Sony.

Antes de falar dos elementos do jogo em si, é importante falar que ele vem para nós no Brasil totalmente localizado: desde Gears of War 3 tínhamos localização e legendas, mas a partir de Gears 4 também recebemos dublagem, e uma dublagem simplesmente muito boa: o cast foi muito bem escolhido (não havia outra pessoa para dublar o Marcus no Brasil que não Maurício Berger que, entre grandes nomes dublou o vampiro Angel, Golias de Gárgulas e o Lanterna Verde John Stewart nas animações da DC, por exemplo). 


A história de Gears começa com Dominic Santiago, seu velho amigo, te resgatando da prisão: você joga com Marcus Phoenix, um herói de guerra mas que por algum motivo foi preso por traição, e estava apodrecendo até ser recrutado de volta aos Gears, para atacar definitivamente os Locust, a raça subterrânea que surgiu com os cataclismos do Dia E e que agora tentam sobrepujar a humanidade: muitos conflitos e baixas levam Marcus e Dom a conhecerem Baird e Cole, membros de outro squad que estava em uma missão de suma importância, mas que tiveram muitas baixas, igual o esquadrão de Marcus: está formado aí o lendário Esquadrão Delta, que trará a guerra para dentro do coração dos territórios Locust.

O que mais me chama a atenção nessa versão do primeiro Gears é que, apesar de chamar ele de remake, a gameplay segue intacta: o core do game, em que você precisa tomar coberturas e pensar em movimentação estratégica (a maior característica da franquia) segue da mesma forma; mas quando você fala em "remake" você pensa em melhorias em outros quesitos e não apenas gráficos. A questão é que, seguindo bem especificamente, Gears of War não precisa de melhoria de jogabilidade: mesmo o gameplay de quase 20 anos atrás segue extremamente atual, e para não dizer melhor que alguns jogos atuais - Warhammer 40k - Space Marine 2 é um baita jogo de tiro em terceira pessoa, muito melhor que seu predecessor, mas ele é tão bom em gameplay quanto o primeiro Gears, de 20 anos atrás. Isso é muita coisa, ainda mais se a gente observar o quanto que o universo de Gears of War se inspirou em Warhammer em sua ambientação e lore.


O jogo é bem difícil de se jogar conforme você vai avançando (especialmente na segunda metade), principalmente se você se você estiver jogando sozinho (como eu): o jogo lhe dá em um determinado momento a possibilidade de comandar o squad, mas realmente a inteligência artificial do game não ajuda muito, principalmente em momentos de tiroteio: isso porque Gears of War foi feito pra se jogar em multiplayer: em vários momentos o level design te faz se separar do seu esquadrão, agindo na maior parte do tempo em dupla, ou mesmo sozinho, apoiando seu amigo: o player um joga de Marcus, e o player dois joga com Dom: esse é um ponto que eu gostaria que a MS tivesse mudado, colocando um multiplayer de até quatro pessoas, que só começou efetivamente (no modo história cooperativo) no Gears 3. Mas mesmo sendo uma falta sentida é até compreensível, porque a história se divide muito entre Dom e Marcus, com Baird e Cole: mas seria muito interessante se tivéssemos partes do jogo em que jogássemos com os companheiros dos protagonistas.


E sabem o que é ainda mais interessante dessa história toda? A Microsoft poderia ter feito mais. A Microsoft poderia literalmente ter inserido mais elementos de jogabilidade, vindos especialmente de Gears of War 2 (já que o 3 tem um salto de tempo que afeta muito a jogabilidade no geral), com uso específico de armas, movimentações e estratégias de conflito: a MS praticamente pegou, de forma literal, o Gears of War como foi criado em 2006 e colocou gráficos melhores - e ainda sim a gameplay funciona e não parece datada em nenhum momento: e olha que fazia muito tempo que eu não jogava um Gears of War, então não é um sentimento de "anestesia" que te faz acostumar com o gameplay. Entendem como isso é impressionante?



Infelizmente, na época em que o jogo saiu muitos tiravam sarro dele, literalmente: falando como ele era "genérico", ou "cinza demais": pois é, esse jogo "cinza" e "genérico" influenciou um sem número de jogos nos últimos 20 anos e, em um novo release, mesmo pro console "rival", se tornou um dos mais jogados: então, no fim, as pessoas queriam é jogar o jogo: como não podiam, por conta de exclusividade, era melhor diminuir o game do que admitir que queria era jogá-lo.

Gears of War não é uma franquia que eu jogue o multiplayer (os modos PVP), então não posso falar muito sobre como é: eu particularmente gostava muito do modo Horda, que veio no Gears of War 2, mas não está presente nessa versão - mas, até onde eu conheço, ele era muito popular, mas mais com o público estrangeiro, sem ter muito brasileiro jogando.

Fun fact: quando Gears of War 3 estava para sair, eu fui num evento com minha esposa que tinha o jogo para testar, e jogando versus com o pessoal lá, até que fui bem. E sim, tem vídeo:


Agora falando da parte que não é legal, é justamente o preço: se você não tinha a versão anterior para comprar o update, pagar R$200,00 no jogo sempre será muito pesado para se investir: felizmente, por ser um game da Microsoft Studios ele sai dia 1 "gratuitamente" no Gamepass - seja a versão PC, Console ou Ultimate, você terá acesso ao jogo para conhecê-lo, e não é demorado para terminar: se você pegar num fim de semana "focado" em terminar, completa ele sem problemas, ainda mais em multiplayer.



Gears of War Reloaded é mais uma reimaginação da franquia de tiro em terceira pessoa, que definiu as formas de desenvolver jogos assim, com características que foram exaustivamente copiadas, mas que no fim sempre chegará naquele que se tornou a definição do estilo: sim, tivemos Resident Evil 5, Uncharted e outros jogos que tinham gameplays parecidos. Mas, pra mim, Gears of War ainda é a referência maior deles.


Gears of War Reloaded
Lançamento: 26/08/2025
Desenvolvedor: The Coalition, Sumo Digital, Disbelief
Distribuidor: Xbox Game Studios
Gênero: Third Person Shooter
Plataformas: PC, Xbox Series, Playstation 5

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Minha experiência com Granblue Fantasy Relink!

Falae seus doido!

A franquia japonesa de jogos para celular Granblue Fantasy é gigante: além dos famosos gacha, tem anime, mangá e o jogo de luta Granblue Fantasy Versus, hoje com sua segunda versão chamada Rising.

Oito anos separam o primeiro teaser para o lançamento de Granblue Fantasy Versus Relink. Com tanto tempo de desenvolvimento, a possibilidade do jogo sair datado, seja em gráficos, música e tudo o mais era muito grande – porém não é isso que acontece.

Granblue Fantasy Relink é um action JRPG sólido, com muito do que faz o gênero ser chamativo para o público, com história que vai crescendo durante o gameplay e que vai te envolver durante todo o processo – desde que você compre a ideia do jogo.




Granblue Fantasy Relink era com certeza um dos jogos que eu mais estava esperando. Eu conheci a franquia na versão de jogo de luta Granblue Fantasy Versus, e me apaixonei pelos visuais e ideia da franquia: é um estilo que sempre vai me chamar a atenção, e a similaridade do Gran, protagonista de GF e um dos meus personagens deixou tudo mais "curioso" pra mim!

A primeira coisa a se falar de Granblue Fantasy Relink é o quanto ele é bonito. O gráfico do jogo não chega a ser impressionante, mas ele é extremamente bonito, mesmo reduzindo os gráficos para evitar problemas de performance, os gráficos se mantiveram muito bons, sem serrilhados ou mudanças drásticas que prejudicassem a experiência: pelo contrário, mesmo com a qualidade "reduzida", não senti muita diferença da versão de PS4, por exemplo (versão que joguei a demo).


Como falei, o que mais me ganhou em Granblue Fantasy com certeza foi o Game Design como um todo, seja pelo character design, músicas, gameplay (tanto o Versus quanto o Relink). A sensação de "coisa nova" e familiaridade sempre foram constantes durante o gameplay do Relink: era tudo novo pra mim, mas parecia que eu já tinha visto tudo antes. Não como uma sensação negativa, um deja vu que torna o jogo genérico, mas sim a sensação de familiaridade, quase nostalgia.

Por mais que a franquia seja nova, foi impossível eu não me sentir dentro de animes como Slayers, Guerreiras Mágicas de Rayearth ou similares, dado ao estilo adotado, somado a ambientação que não é uma fantasia medieval padrão, mas também não é uma mistura com alta tecnologia. Tudo é muito único, mas ao mesmo tempo, familiar - e isso é ótimo.

A história base de Relink não é um primor, no entanto: talvez por ser a  porta de entrada da franquia para várias pessoas, a história abordada em Relink é bem básica, mas também competente: caso você não conheça a franquia, o jogo traz muitos arquivos de "o que aconteceu até aqui", que ajuda a contextualizar o momento do jogo -  mas caso você queira apenas jogar a história central, como eu, poderá aproveitar também sem problemas: ela funciona bem sem que você conheça a fundo a história de Granblue Fantasy, mas como todo jogo de franquia com um universo vasto, conhecer mais dele te ajuda a aproveitar ainda mais a jornada.


O combate de Granblue Fantasy Relink também é muito competente: a gameplay flui sem maiores problemas e, apesar de não ser da mesma empresa que fez a versão Fighting game, os combos fluem muito bem: você pode "locar" em um oponente específico e fazer combinações de ataques normais e especias: uma das coisas mais divertidas é quando você pode fazer uma espécie de "Super Especial": um ataque com uma animação muito legal: o que é divertido nisso é quando todos os seus companheiros (que te acompanham nas lutas, mas não são controlados por você) também tem acesso aos seus supers, porque todos se juntam para fazer um ataque ainda maior, que dependendo da ordem que ele é feito, tem acessos distintos.


Agora, com certeza o que deixa o Relink simplesmente incrível de jogar, pra mim, são as batalhas contra chefes. Épicas, com várias transições e sempre com músicas incríveis, as boss battles de Granblue Relink estão entre as minhas favoritas: poucas vezes jogando (princilamente recentemente) eu me vi  emocionado num combate: seja pela carga dramática dos diálogos, seja pelas músicas que te deixam totalmente imerso  no que está acontecendo ali.


Contudo, uma coisa que me deixou um pouco decepcionado foi a inclusão de outros personagens no jogo: a tripulação de Gran  é fechada desde o início do jogo, mas você recebe "bilhetes de tripulação" e pode convocar outros personagens da franquia para te ajudar: apesar de ótimas opções, eu particularmente achei que a inclusão deles foi meio "jogada": você tem missões para contextualizá-los no jogo, mas acho que se tivesse algo mais "orgânico", sem precisar de "bilhetinho" para convocar o player seria melhor. Nem que fosse uma missão secundária, secreta, como acontecia no Final Fantasy 7, por exemplo.


Granblue Fantasy Relink é Action RPG japonês que vale muito a pena, especialmente se você curte o gênero, a ambientação e se interessa por Granblue Fantasy, pois é uma excelente porta de entrada para conhecer a franquia (que além do gacha e do jogo de luta tem anime e mangá, por exemplo). Todos os personagens são extremamente carismáticos, e o clássico poder da amizade não é banalizado ou feito de qualquer jeito: se você estiver no clima para um game leve, de uma história de superação, redenção e amizade, é um prato cheio.

Infelizmente, diferente do preço quando o jogo saiu, atualmente ele está bem mais salgado, mesmo no PC: nesse caso, eu recomendo que você pegue o jogo numa promoção, que vira e mexe tem uns descontos consideráveis: a experiência valerá a pena!


Granblue Fantasy Relink
Lançamento: 01/02/2024
Desenvolvedor: Cygames, Inc.
Distribuidor: Cygames, Inc., Nuuvem
Gênero: Action RPG
Plataformas: PC, Playstation 4, Playstation 5

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Se você é fã de JOGOS DE LUTA, Diesel Legacy é quase OBRIGATÓRIO!

Falae seus doido!

Dia 03/12 saiu DIESEL LEGACY, um jogo bem aguardado, e com um gosto especial par ao Brasil, pois a maior parte dos desenvolvedores do game são brasileiros: quero agradecer a Maximus por todo o carinho comigo durante o processo do jogo, onde eu pude testar por alguns momentos! Paralelamente a isso, eu me desculpo por não ter feito MAIS: o último ano foi bem complicado para mim em diversas áreas, então, eu não fiz muito mais pelo jogo como gostaria.

Mas enfim o jogo foi lançado, e vamos falar um pouco sobre o estado inicial dele: claro que com o tempo algumas coisas podem ser alteradas/modificadas, então aqui vão as coisas que observei no LANÇAMENTO do jogo.

A primeira coisa a se dizer sobre Diesel Legacy é o quanto ele é bonito: não apenas isso, mas sim o quanto ele transpira personalidade em meio a outros jogos do gênero O jogo é ambientado num período próximo aos anos 20 (pelo menos começo do século 20), numa pegada que não é Steampunk, mas talvez “Dieselpunk”: uma “passado distópico”: muita gente falou do filme Metropolis para lembrar da ambientação. Eu lembrei um pouco de Batman Animated Series por conta das construções.


Mas na verdade, mesmo com tantas coisas familiares, Diesel Legacy tem uma pegada própria: personagens que não seguem o padrão “artista marcial” dos jogos de luta mais tradicionais,  o que reflete em moveset, músicas e cenários: é um cenário urbano, num passado em que tá tudo ainda pior do que foi, e tá todo mundo tentando sobreviver.

Com tudo isso, eu senti muita falta de uma galeria de artes e músicas: o jogo é simplesmente lindo, talvez um dos melhores conceitos pra jogos (no geral) que vi nos últimos anos, e é um pecado não termos acesso as artes!



Falando sobre a gameplay do jogo, ela em um primeiro momento parece que é tradicional para um jogo de luta: quatro botões de ataque, movimentação padrão igual ao dos demais jogos... Mas o grande diferencial no Diesel Legacy são as lanes: você tem três “vias” para se movimentar no jogo: em um primeiro momento, parece que é um Fighting Games com movimentação estilo beat'n up, mas não: você não tem movimentação livre pelas lanes: você precisa fazer dois pra cima ou dois pra baixo para mudar: o jogo também tem um botão de dash, que te ajuda a mudar de espaço enquanto se movimenta

Cada personagem é único, mas eles seguem umas premissas parecidas, com todos tendo um launcher pra possibilidade de combos aéreos, por exemplo, mas as rotas de combos mais avançadas são mais distintas;

Soma-se a isso os modos de jogo: como cada char é único, Diesel Legacy prioriza um modo de jogo em duplas, e não um “modo tag”, mas sim as duplas ao mesmo tempo. Há também o modo Free for All, em que todo mundo enfrenta todo mundo: quatro jogadores ao mesmo tempo: aqui entra algumas necessidades que eu vejo por aqui: por mais que a Maximus deseja que esses sejam os modos mais jogados, o modo 1x1 em um jogo de luta é fundamental que tenha: cheguei a jogar uma partida dessa forma, mas apenas uma de forma aleatória, e até o momento não sei como. Você consegue jogar 1x1 nos modos de lobby (ou seja, é possível fazer torneios nesse modo, por exemplo), mas urge uma configuração para os modos aleatórios e ranqueados para o 1x1,


Mas o fato da Maximus priorizar esses modos com vários players ao mesmo tempo mostra uma confiança muito grande com o modo online, e essa confiança se mostrou verdadeira, pelo menos na minha experiência: não tive problemas nas partidas que jogquei, seja 1x1, 2x2 ou Free for All: mesmo com pequenos spikes, nada ficou ruim. Foi muito tranquilo – ponto extremamente positivo pra Maximus

O fato dele ter crossplaycom todas as plataformas hoje também é algo digno de nota: a tendência, dependendo do interesse do público é que as fileiras online sejam mais movimentadas.

Contudo, uma vez que o jogo é pensado dessa forma, faltou (na minha visão) formas mais claras de ensinar como o jogo funciona: ele possui um  Tutorial para ensinar o sistema do jogo, mas acredito que ele está meio “escondido” nos menus do game; uma outra coisa que eu acho que é fundamental hoje em jogos de luta são trials: não pela medição de nível, mas sim para entender o que os personagens são capazes de fazer: mais do que medição de pipi virtual, os desafios de combo são literalmente GUIAS do que podemos fazer com os personagens.

Agora, o que mais me saltou aos olhos e realmente me deixou impressionado é a história de Diesel Legacy!

O modo Arcade é bem simples, e infelizmente não tem um final para os personagens: entendo que o modo principal é o Story Mode, mas ter pelo menos uma ilustração exclusiva para o modo arcade chama atenção da galera ir jogar ele.


Mas falando do Story Mode em si, cada personagem tem sua história, mas dentro de um mesmo padrão: no momento da gravação desse vídeo fiz apenas a história do Rory, que é um operário do “Laborão”, uma fabrica gigantesca em que as pessoas de casta mais baixa trabalham incessantemente. Ele sofre de uma doença pulmonar incurável por conta dos trabalhos na fábrica, e a descoberta de uma possível “cura” o faz entrar numa luta para derrubar o status quo atual.

Não vou dar muito spoiler da história dele, mas aqui cabe muito falar como ela é contada: praticamente toda ingame, com ótimas interações (ponto positivo para os movimentos ingame, pois nos mentos de dialogo os personagens tem poses que condizem com o que tá rolando). Há muitos momentos em que o game vira um beat'n up de fato, em que você avança e enfrenta ondas de inimigos, mas ainda tudo dentro do padrão do game: me lembrou, de forma 2D, o modo Konquest dos Mks mais antigos: onde você avança em um gameplay durante a história, e o game entrando no modo de gampelay tradicional nos bosses

Diesel Legacy é uma grande adesão a biblioteca de jogos de lutas que temos atualmente. Mais especificamente, é mais um lançamento de muita qualidade vindo de uma empresa que não está entre as principais de jogos de luta. O preço do game, que é uma das coisas que eu sempre menciono, está muito bom na minha visão: mesmo com o preço dos consoles maiores do que no PC, o valor geral, pra mim, parece abaixo do que vimos em lançamentos parecidos em jogos de luta.

domingo, 9 de outubro de 2022

As Influências Reais de Samurai Shodown 2019! - PdF#6

Falae seus doido, DioRod de volta com mais um Punhos da Fúria, e hoje vamos sair um pouco da parte dos "punhos" e sacar nossas espadas!


Lançado em 1993, Samurai Shodown é uma franquia extremamente inovadora criada pela SNK, trazendo uma jogabilidade mais "cadenciada", baseada em pokes, posicionamento e whiff punishes, a franquia foi a primeira a trazer lutas de armas de um contra um. Apesar do nome, Samurai Shodown nos apresentam personagens dos mais diferentes estilos de luta armada, desde os samurais propriamente ditos até guerreiros tribais como Tam-Tam.





Um novo jogo da franquia foi lançado em 2019, trazendo quase todos os personagens clássicos de volta, e em 2022, um trio de personagens da franquia foi anunciado como DLC para The King of Fighters XV, trazendo pela primeira vez os quatro protagonistas dos jogos de luta da SNK reunidos.

No Punhos da Fúria de hoje, vou apresentar a vocês as inspirações reais de alguns personagens que aparecem na nova versão do jogo da franquia, lançado em 2019 -


Um dos protagonistas e o rosto da franquia, Haohmaru foi baseado em Myamoto Musashi: o espadachim mais famoso do mundo e base para vários outros personages foi um guerreiro, filósofo, estrategista e ronin. Apesar de ser chamado de “samurai” por várias pessoas, Musashi não nasceu em família nobre e nem era vassalo de algum shogun. Foi reconhecido plo seu estilo único de duas espadas, e atingiu o recorde de 61 duelos invictos, o que lhe fez ser considerado um Kensei, uma espécia de guerreiro santo.

Escreveu O Livro dos Cinco Anéis, um dos livros mais conhecidos sobre a cultura Samurai e sua história tem tanta informação, que pode render um punhos da fúria próprio.

O primeiro rival de Haohmaru, o misterioso Ukyo Tachibana é baseado em Sasaki Kojiro, um dos mais conhecidos rivais de Musashi, porém a veracidade de sua existência é questionada por algumas fontes.


Apesar de possuir o sobrenome Tokugawa e em Samurai Shodown 6 ele ser o xogun, Yoshitora NÃO É um Tokugawa real. No período em que o jogo se passa, no sétimo ano da era Tenmei, o Japão era governado por dois Tokugawa: o personagem das múltiplas espadas foi levemente baseado em Ienari Tokugawa – o décimo primeiro e mais longevo Shogun, que governou por mais de 50 anos (incluindo a Bakumatsu, a guerra civil japonesa que culminou na revolução Meiji – mesmo período que é pano de fundo para the Last Blade).

Mesmo não sendo exatamente o mesmo Ienari histórico, Yoshitora carrega a fama do shogun de ter várias mulheres e filhos que teve durante a vida. Yoshitora possui sete espadas com nomes de flores, mas que também podem ser nome das namoradas do shogun de Samurai Shodown. Há relatos também que a Ienari tinha uma personalidade amigável tal qual Yoshitora, mas o que é confirmado é a fama com o sexo feminino.






Sendo talvez o único samurai “de verdade” em Samurai Shodown, Yagiu Jubei é baseado no samurai de mesmo nome, Yagiu Jubei Mitsuyoshi, que tinha o nome de batismo de Shichiro. Era um dos principais conselheiros de Ieiasu Tokugawa, ajudando o primeiro xogun a expandir seu poder na batalha de Sekigahara, sendo nomeado instrutor de espada do Shogun e Daimyo (que são os senhores feudais vassalos do Shogun). Em 1631, quando há novos relatos do samurai (quye havia servido outros dois shoguns após Ieiasu), registram que o guerreiro foi “distituido” de seu cargo. Os relatos dão conta que essa demissão ocorreu por conta da própria ousadia do samurai, ou mesmo de sua intenção de entrar no Musha Shugiyo, ou a “peregrinação do guerreiro”. Faleceu eu sua aldeia Natal, em 1650, de forma suspeita.


O representante do clã Yagiu em Samurai Shodown não é o mesmo daymio, pois a vida de Mitsuyoshi teve fim mais de cem anos antes de onde se passa o jogo, mas além do estilo de esgrima, ele herda os cargos de instrutor de espada do Shogun, sendo inclusive mestre de Yoshitora Tokugawa, e o primeiro grande rival de Haohmaru.



Talvez a personalidade histórica japonesa com a maior quantidade de encarnações, Hatori Hanzo é um lendário ninja da ilha de Iga – também não é contemporâneo a época que o jogo originalmente se passa. Nascido em 1541, foi um servo fiel de Ieiasu Tokugawa, ajudando o futuro shogun a derrubar o clá, Imagawa, sitiando o castelo do rival de Ieiasu após salvar a esposa e filhos do Tokugawa que eram mantidos reféns.


Colecionando feitos, Hanzo foi capitão de tropas do shogun e em muitas histórias ele é retratado na verdade como um samurai (incluindo todo o clã de Iga e Koga) que agia como ninja, o que traz bastante curiosidade para mítica dos guerreiros das sombras japoneses, devido as mais diversas histórias de origem – o que talvez valha um Punhos da Fúria no futuro.

Em Samurai Shodown, Hanzo é vassalo de Yoshitora e amigo de Jubei: enquando o samurai caolho age como guerreiro, Hanzo age nas sombras. No primeiro Samurai Shodown busca libertar a alma de seu filho Shinzo, que foi dominado pela alma de Amakusa.


Hanzo é uma das personalidades históricas japonesas mais conhecidas no ocidente, tendo tal qual Jubei diversas encarnações em várias mídias, incluindo no cinema mainstream de Hollywood, numa versão “atualizada” do ninja no filme Kill Bill, interpretado pelo já falecido ator Sonny Chiba que, além de Hanzo no filme de Tarantino, é a encarnação cinematográfica mais icônica de Jubei e também das encarnações do próprio Hatori Hanzo, em filmes japoneses.




Sendo a figura mais polêmica em origem histórica para o público ocidental, Amakusa, grande vilão da franquia e um dos mais icônicos da própria SNK tem inspiração em um mártir católico de mesmo nome, apesar a da SNK nunca ter admitido essa inspiração explicitamente.

Shiro Amakusa Tokisada nasceu em 1621, filho de um ronin convertido ao catolicismo. O rapaz, que era visto como santo por seus seguidos, também se tornou um ronin e liderou a Rebelião de Shimabara, sendo escolhido com base em uma poesia de São Francisco Xavier, que dizia sobre a chegada de um rapaz que seria enviado dos céus e evangelizaria o Japão. A rebelião durou cerca de um ano, com o cerco ao Castelo Hara, ocupado por Shiro e seus seguidores e encerrou com o ronin sendo decapitado.

Na franquia Samurai Shodown, Amakusa ressuscita dos mortos devido a todo seu rancor pela sua morte, e encontra, contido em Shizuka Gosen (chefe final do SamSho de 2019) o poder que necessitava para dar cabo de sua vingança: o demônio Ambrosia. No primeiro jogo da franquia, o corpo que Amakusa toma é de Hattori Shinzo, filho do grande ninja Hanzo.

Na cultura pop, a figura de Amakusa talvez nunca foi tão explorada como em Samurai Shodown – aqui no Brasil o personagem é conhecido pelo OVA de Samurai Shodown que passou no Brasil no antigo programa US Manga, além de ser brinde em revistas de videogame. Devido a seu aspecto andrógeno, o personagem foi dublado no Brasil como mulher, gerando dúvidas sobre o gênero do personagem até hoje.



E é isso, meus amigos! Lembrando que o Punhos da Fúria tem o objetivo de trazer curiosidades sobre os jogos de luta que estejam ALÉM dos jogos. Claro que as pessoas que falei aqui possuem uma história muito mais complexa, e cada uma a sua maneira é extremamente importante para a história de seu país de origem. A pesquisa feita para o vídeo é bem pouca para a quantidade de livros e artigos que temos contando a vida dessas pessoas, mas a minha intenção é de apresentar essa história a vocês!


domingo, 2 de agosto de 2015

Na Estante: Jaspion S.H. Figuarts



Todo mundo (que me conhece) sabe que atualmente só tenho comprado action figures que eram sonhos na minha infância. Bem, dessa vez  não foi diferente, mas foi bem épico!


~tirando as teias de aranha das paredes~

Olá pessoal! Quanto tempo, especialmente por aqui!

Sim, estou tentando (mais uma vez) mexer com o blog. Não adianta, eu gosto de fazer isso, independente se o retorno for fraco... é como se fosse uma terapia, heheheh!

Vamos ao que interessa então? Confiram o vídeo ou o review escrito aí abaixo!



Há pelo menos um ano, nos seus eventos exclusivos, a Bandai anunciou o lançamento de vários heróis de tokusatsu através de sua linha de action figures SH Figuarts. Entre vários Kamen Riders e Uchuu Keijis (Gavan, Sharivan e Sheider), duas figuras em especial me chamaram a atenção: meu tokusatsu favorito de todos Metalder (que ainda não saiu) e o Metal Hero que mais fez sucesso no Brasil e também um de meus favoritos: o Fantástico Jaspion.

O preço dessas figuras hoje em dia anda bem salgado, mas decidi que os primeiros SH Figuarts que teria seriam justamente esses dois- com o anúncio de que a representante brasileira iria trazer a figura oficialmente, esperei calmamente (só que não) o lançamento formal por aqui- e confesso que não tive dificuldades: os preços com os scalpers estavam absurdos, chegando a R$500,00!

Mas após o lançamento oficial, consegui enfim a minha figura, mais um item de infância que não tive- e como eu sempre gostei de compartilhar esses momentos especiais com vocês, volto com o canal e com o blog nesse review dessa sensacional figura!

Articulação

Falar das articulações de figuras japonesas é chover no molhado, mas podemos dizer que o Jaspion pode ficar em praticamente qualquer posição da série, desde usando suas armas até a clássica pose chamando o robô Daileon.

Gigante Guerreiro, DAILEON!
Entretanto, uma dificuldade que encontrei foi algo básico: deixá-lo em pé! Sério, devido a uma peça na canela/tornozelo da figura, dobrar a articulação nessa região é praticamente impossível (e eu não vou forçar, né?) e acaba que poses mais "heroicas" sem uma base específica se tornam algo bem difícil mesmo!

No mais, as mãos extras ajudam como já citei, nas poses básicas e algumas articulações pouco usuais, como na ombreira e duas articulações diferentes no tórax, facilitam bastante o "poseamento" da figura.

Acabamento

O que falar dessa action a não ser que ele é simplesmente perfeita? Por mais que seja uma figura "industrial", digamos assim, parece que foi pintada a mão: a armadura, em tom fosco, deixa uma sobriedade muito legal para o boneco, mas nem de longe ele fica "apagada", digamos assim; Até mesmo a mais minúscula parte está bem pintada, parecendo que que as máquinas 

Ela vem com um visor intercambiável: a versão normal e com os olhos "acesos", daquele momento antes de derrotar o monstro, quatro pares de mãos e duas versões da espada: uma translúcida e uma normal.

Custo-Benefício

Aqui é realmente o ponto mais negativo. Claro que o Jaspion é uma action figure incrível, mas estamos no Brasil. O dólar está em média R$3,20. Logo, o preço não é lá muito atrativo.

Para muitos que não conhecem a linha SH Figuarts, o tamanho da figura (numa escala próxima a Marvel Legends/ DC Universe) pode parecer pequeno pelo seu preço, então se você estiver disposto a pagar R$250,00 em média por ele, tenha ciência que, pelo menos na pequena opinião deste fanboy que vos escreve, vale cada centavo. 

Conclusão


Ideal para fãs de verdade de tokusatsu, colecionadores ou saudositas da época da Manchete, o Jaspion SH Figuarts vale o investimento. Entretanto, recomendo que se possível já adquira a base para mantê-lo em pé direitinho, e cuidem bem dele, pois por ser bem detalhado, a ação do tempo pode deixá-lo bem difícil de ser limpo de poeira, por exemplo. Por essa razão, o meu já tem um expositor- falta só a base para ele ficar perfeito!

Nota 10

Obrigado pelo apoio galera! Deem seu feedback por aqui e no canal, vendo o review. Até a próxima!



















sábado, 1 de agosto de 2015

Na Estante: Cloud Strife e Hardy Daytona


Como alguns sabem, sou colecionador (se ainda não sabem, é por que não vem muito aqui, né?) e tenho cerca de 100 action figures. Esse "vício" surgiu desde de pequeno, onde não tinha grana pra comprar, mas começou MESMO em 2004, quando comprei uma figura da Liga da Justiça Sem Limites (coleção que tenho completa hoje). Porém, muitas figuras ao longo dos anos me chamaram a atenção e foram objetos de desejo por anos: hoje em dia, tenho versões atualizadas de quase todas (as tartarugas Ninja da Neca, o Rockman Kotobujiya, Heman, Capitão América, Gundam, GI Joe...). Uma das que faltavam era uma figura do jogo Fial Fantasy 7. Apesar de nunca ter terminado o game, sempre gostei o design, e quando vi a figura do protagonista com sua moto envenenada, fiquei maluco por ela!




Usando dinheiro de décimo terceiro há uns dois anos, adquiri a figura, e vou dividir com vocês as minhas impressões da figura e da moto!

Cloud Strife

Articulação

Seguindo os padrões de figuras japonesas, a figura é bem articulada, contei aproximadamente 23 pontos, e todos são funcionais, tanto para deixar o personagem em suas posições do jogo, quanto montado na moto. A figura vem com mãos extras que ajudam a mudar a posição e um apoio, para manter a figura em pé, mas ela se sustenta bem sozinha.

Acabamento

O que dizer de figuras japonesas que não são model kits? A pintura é perfeita, o acabamento do cabelo também... Chega a ser até melhor que o character design do personagem (tanto no jogo quanto ilustrações de divulgação), mas seguindo o concept dele com a moto, está perfeito!

A roupa tem dobras que convencem, e a parte da blusa tem uma textura de lã muito legal.

Hardy Daytona
Articulação

Não é muito correto o termo "articulação" pra um veículo, mas a moto segue o padrão.... Há suspensão traseira, o guidão gira (mas não muito, mas até tudo bem) e os manetes do guidão sobem e descem. No começo tive dificuldades em colocar o personagem na moto, mas depois de um tempo consegui...

Acabamento

Tal qual o personagem, a moto é perfeitamente acabada. Se olhar os concepts do jogo em CGI, vocês perceberão o quanto é perfeita a moto... O escapamento, a textura do pneu (que é de borracha mesmo), as cores "sujas"... Tudo muito perfeito.

Custo Benefício

A figura e a moto não são muito baratas (pelo menos na época que comprei), mas comparado com o Cloud do filme e sua Fenrir, de 500 mangos vale a pena. De toda a forma, esta é uma figura para fãs, seja de games em geral ou da série Final Fantay, sendo item OBRIGATÓRIO para fãs do 7.





Conclusão

Junto com as tartarugas da NECA, o Cloud é a figura mais bem acabada que eu já (e tive em mãos), portanto a nota é 10! Pode comprar sem medo (se você tiver 250 mangos sobrando). Vale a pena!



E é isso aí povo! espero que tenham curtido mais esse review. Prometo que o próximo post não vai falar de bonecos!