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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Por que jogar Gears of War em 2025?

Falae seus doido!

Um dos jogos que definiram a geração Xbox 360/PS3 foi a franquia Gears of War: criado pela Epic Games como um exclusivo do console da Microsoft, Gears tinha tudo o que os donos da caixa gostavam: jogo de tiro frenético, com muita estratégia e universo rico.

Ela é uma das franquias mais longevas dessa geração, talvez superando até mesmo o onipotente Halo como jogo que se manteve mais ativo, e com jogos mais bem avaliados (sim, Halo 5, estou olhando para você): apesar de ter menos títulos que o jogo dos Spartans, com cinco jogos numerados, um spin off e um jogo tático, Gears of War sempre foi um dos meus favoritos, tendo inclusive um relançamento para a geração seguinte a seu lançamento, e, atualmente, uma nova versão que saiu não apenas para as plataformas da Microsoft e Steam, mas também, impensavelmente quando o jogo original saiu em 2006 – sim, Gears of War completará VINTE ANOS em 2026 – para um console da SONY.

Gears of War Reloaded é um novo remake de Gears 1 e prova que, embora bem antigo, o primeiro Gears of War ainda é muito atual, seja em enredo ou jogabilidade (e poderia ser ainda melhor!). Quero agradecer a Microsoft pela moral em aprovar uma chave do jogo para mim, que fiquei MUITO no hype pra jogar!

Eu não tinha entendido muito bem o lançamento de um novo remake do primeiro jogo recente, ainda mais com o anúncio do Dia E, que é o jogo da franquia que aparentemente trará o Dia de Emergência, o evento cataclísmico que causou todos os problemas do jogo – quase que um “Halo Reach” de Gears of War. Então, eu realmente achei estranho voltarem de novo para o primeiro Gears, apesar que a versão “Reloaded” era vendida com um valor menor para quem já tinha o primeiro remake do jogo: então, pra mim, a intenção desse lançamento é mais pensada num lançamento para o PS5 – o que aparentemente deu MUITO certo, porque na semana de lançamento Gears of War Reloaded foi um dos jogos mais jogados no console da Sony.

Antes de falar dos elementos do jogo em si, é importante falar que ele vem para nós no Brasil totalmente localizado: desde Gears of War 3 tínhamos localização e legendas, mas a partir de Gears 4 também recebemos dublagem, e uma dublagem simplesmente muito boa: o cast foi muito bem escolhido (não havia outra pessoa para dublar o Marcus no Brasil que não Maurício Berger que, entre grandes nomes dublou o vampiro Angel, Golias de Gárgulas e o Lanterna Verde John Stewart nas animações da DC, por exemplo). 


A história de Gears começa com Dominic Santiago, seu velho amigo, te resgatando da prisão: você joga com Marcus Phoenix, um herói de guerra mas que por algum motivo foi preso por traição, e estava apodrecendo até ser recrutado de volta aos Gears, para atacar definitivamente os Locust, a raça subterrânea que surgiu com os cataclismos do Dia E e que agora tentam sobrepujar a humanidade: muitos conflitos e baixas levam Marcus e Dom a conhecerem Baird e Cole, membros de outro squad que estava em uma missão de suma importância, mas que tiveram muitas baixas, igual o esquadrão de Marcus: está formado aí o lendário Esquadrão Delta, que trará a guerra para dentro do coração dos territórios Locust.

O que mais me chama a atenção nessa versão do primeiro Gears é que, apesar de chamar ele de remake, a gameplay segue intacta: o core do game, em que você precisa tomar coberturas e pensar em movimentação estratégica (a maior característica da franquia) segue da mesma forma; mas quando você fala em "remake" você pensa em melhorias em outros quesitos e não apenas gráficos. A questão é que, seguindo bem especificamente, Gears of War não precisa de melhoria de jogabilidade: mesmo o gameplay de quase 20 anos atrás segue extremamente atual, e para não dizer melhor que alguns jogos atuais - Warhammer 40k - Space Marine 2 é um baita jogo de tiro em terceira pessoa, muito melhor que seu predecessor, mas ele é tão bom em gameplay quanto o primeiro Gears, de 20 anos atrás. Isso é muita coisa, ainda mais se a gente observar o quanto que o universo de Gears of War se inspirou em Warhammer em sua ambientação e lore.


O jogo é bem difícil de se jogar conforme você vai avançando (especialmente na segunda metade), principalmente se você se você estiver jogando sozinho (como eu): o jogo lhe dá em um determinado momento a possibilidade de comandar o squad, mas realmente a inteligência artificial do game não ajuda muito, principalmente em momentos de tiroteio: isso porque Gears of War foi feito pra se jogar em multiplayer: em vários momentos o level design te faz se separar do seu esquadrão, agindo na maior parte do tempo em dupla, ou mesmo sozinho, apoiando seu amigo: o player um joga de Marcus, e o player dois joga com Dom: esse é um ponto que eu gostaria que a MS tivesse mudado, colocando um multiplayer de até quatro pessoas, que só começou efetivamente (no modo história cooperativo) no Gears 3. Mas mesmo sendo uma falta sentida é até compreensível, porque a história se divide muito entre Dom e Marcus, com Baird e Cole: mas seria muito interessante se tivéssemos partes do jogo em que jogássemos com os companheiros dos protagonistas.


E sabem o que é ainda mais interessante dessa história toda? A Microsoft poderia ter feito mais. A Microsoft poderia literalmente ter inserido mais elementos de jogabilidade, vindos especialmente de Gears of War 2 (já que o 3 tem um salto de tempo que afeta muito a jogabilidade no geral), com uso específico de armas, movimentações e estratégias de conflito: a MS praticamente pegou, de forma literal, o Gears of War como foi criado em 2006 e colocou gráficos melhores - e ainda sim a gameplay funciona e não parece datada em nenhum momento: e olha que fazia muito tempo que eu não jogava um Gears of War, então não é um sentimento de "anestesia" que te faz acostumar com o gameplay. Entendem como isso é impressionante?



Infelizmente, na época em que o jogo saiu muitos tiravam sarro dele, literalmente: falando como ele era "genérico", ou "cinza demais": pois é, esse jogo "cinza" e "genérico" influenciou um sem número de jogos nos últimos 20 anos e, em um novo release, mesmo pro console "rival", se tornou um dos mais jogados: então, no fim, as pessoas queriam é jogar o jogo: como não podiam, por conta de exclusividade, era melhor diminuir o game do que admitir que queria era jogá-lo.

Gears of War não é uma franquia que eu jogue o multiplayer (os modos PVP), então não posso falar muito sobre como é: eu particularmente gostava muito do modo Horda, que veio no Gears of War 2, mas não está presente nessa versão - mas, até onde eu conheço, ele era muito popular, mas mais com o público estrangeiro, sem ter muito brasileiro jogando.

Fun fact: quando Gears of War 3 estava para sair, eu fui num evento com minha esposa que tinha o jogo para testar, e jogando versus com o pessoal lá, até que fui bem. E sim, tem vídeo:


Agora falando da parte que não é legal, é justamente o preço: se você não tinha a versão anterior para comprar o update, pagar R$200,00 no jogo sempre será muito pesado para se investir: felizmente, por ser um game da Microsoft Studios ele sai dia 1 "gratuitamente" no Gamepass - seja a versão PC, Console ou Ultimate, você terá acesso ao jogo para conhecê-lo, e não é demorado para terminar: se você pegar num fim de semana "focado" em terminar, completa ele sem problemas, ainda mais em multiplayer.



Gears of War Reloaded é mais uma reimaginação da franquia de tiro em terceira pessoa, que definiu as formas de desenvolver jogos assim, com características que foram exaustivamente copiadas, mas que no fim sempre chegará naquele que se tornou a definição do estilo: sim, tivemos Resident Evil 5, Uncharted e outros jogos que tinham gameplays parecidos. Mas, pra mim, Gears of War ainda é a referência maior deles.


Gears of War Reloaded
Lançamento: 26/08/2025
Desenvolvedor: The Coalition, Sumo Digital, Disbelief
Distribuidor: Xbox Game Studios
Gênero: Third Person Shooter
Plataformas: PC, Xbox Series, Playstation 5

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Minha experiência com Granblue Fantasy Relink!

Falae seus doido!

A franquia japonesa de jogos para celular Granblue Fantasy é gigante: além dos famosos gacha, tem anime, mangá e o jogo de luta Granblue Fantasy Versus, hoje com sua segunda versão chamada Rising.

Oito anos separam o primeiro teaser para o lançamento de Granblue Fantasy Versus Relink. Com tanto tempo de desenvolvimento, a possibilidade do jogo sair datado, seja em gráficos, música e tudo o mais era muito grande – porém não é isso que acontece.

Granblue Fantasy Relink é um action JRPG sólido, com muito do que faz o gênero ser chamativo para o público, com história que vai crescendo durante o gameplay e que vai te envolver durante todo o processo – desde que você compre a ideia do jogo.




Granblue Fantasy Relink era com certeza um dos jogos que eu mais estava esperando. Eu conheci a franquia na versão de jogo de luta Granblue Fantasy Versus, e me apaixonei pelos visuais e ideia da franquia: é um estilo que sempre vai me chamar a atenção, e a similaridade do Gran, protagonista de GF e um dos meus personagens deixou tudo mais "curioso" pra mim!

A primeira coisa a se falar de Granblue Fantasy Relink é o quanto ele é bonito. O gráfico do jogo não chega a ser impressionante, mas ele é extremamente bonito, mesmo reduzindo os gráficos para evitar problemas de performance, os gráficos se mantiveram muito bons, sem serrilhados ou mudanças drásticas que prejudicassem a experiência: pelo contrário, mesmo com a qualidade "reduzida", não senti muita diferença da versão de PS4, por exemplo (versão que joguei a demo).


Como falei, o que mais me ganhou em Granblue Fantasy com certeza foi o Game Design como um todo, seja pelo character design, músicas, gameplay (tanto o Versus quanto o Relink). A sensação de "coisa nova" e familiaridade sempre foram constantes durante o gameplay do Relink: era tudo novo pra mim, mas parecia que eu já tinha visto tudo antes. Não como uma sensação negativa, um deja vu que torna o jogo genérico, mas sim a sensação de familiaridade, quase nostalgia.

Por mais que a franquia seja nova, foi impossível eu não me sentir dentro de animes como Slayers, Guerreiras Mágicas de Rayearth ou similares, dado ao estilo adotado, somado a ambientação que não é uma fantasia medieval padrão, mas também não é uma mistura com alta tecnologia. Tudo é muito único, mas ao mesmo tempo, familiar - e isso é ótimo.

A história base de Relink não é um primor, no entanto: talvez por ser a  porta de entrada da franquia para várias pessoas, a história abordada em Relink é bem básica, mas também competente: caso você não conheça a franquia, o jogo traz muitos arquivos de "o que aconteceu até aqui", que ajuda a contextualizar o momento do jogo -  mas caso você queira apenas jogar a história central, como eu, poderá aproveitar também sem problemas: ela funciona bem sem que você conheça a fundo a história de Granblue Fantasy, mas como todo jogo de franquia com um universo vasto, conhecer mais dele te ajuda a aproveitar ainda mais a jornada.


O combate de Granblue Fantasy Relink também é muito competente: a gameplay flui sem maiores problemas e, apesar de não ser da mesma empresa que fez a versão Fighting game, os combos fluem muito bem: você pode "locar" em um oponente específico e fazer combinações de ataques normais e especias: uma das coisas mais divertidas é quando você pode fazer uma espécie de "Super Especial": um ataque com uma animação muito legal: o que é divertido nisso é quando todos os seus companheiros (que te acompanham nas lutas, mas não são controlados por você) também tem acesso aos seus supers, porque todos se juntam para fazer um ataque ainda maior, que dependendo da ordem que ele é feito, tem acessos distintos.


Agora, com certeza o que deixa o Relink simplesmente incrível de jogar, pra mim, são as batalhas contra chefes. Épicas, com várias transições e sempre com músicas incríveis, as boss battles de Granblue Relink estão entre as minhas favoritas: poucas vezes jogando (princilamente recentemente) eu me vi  emocionado num combate: seja pela carga dramática dos diálogos, seja pelas músicas que te deixam totalmente imerso  no que está acontecendo ali.


Contudo, uma coisa que me deixou um pouco decepcionado foi a inclusão de outros personagens no jogo: a tripulação de Gran  é fechada desde o início do jogo, mas você recebe "bilhetes de tripulação" e pode convocar outros personagens da franquia para te ajudar: apesar de ótimas opções, eu particularmente achei que a inclusão deles foi meio "jogada": você tem missões para contextualizá-los no jogo, mas acho que se tivesse algo mais "orgânico", sem precisar de "bilhetinho" para convocar o player seria melhor. Nem que fosse uma missão secundária, secreta, como acontecia no Final Fantasy 7, por exemplo.


Granblue Fantasy Relink é Action RPG japonês que vale muito a pena, especialmente se você curte o gênero, a ambientação e se interessa por Granblue Fantasy, pois é uma excelente porta de entrada para conhecer a franquia (que além do gacha e do jogo de luta tem anime e mangá, por exemplo). Todos os personagens são extremamente carismáticos, e o clássico poder da amizade não é banalizado ou feito de qualquer jeito: se você estiver no clima para um game leve, de uma história de superação, redenção e amizade, é um prato cheio.

Infelizmente, diferente do preço quando o jogo saiu, atualmente ele está bem mais salgado, mesmo no PC: nesse caso, eu recomendo que você pegue o jogo numa promoção, que vira e mexe tem uns descontos consideráveis: a experiência valerá a pena!


Granblue Fantasy Relink
Lançamento: 01/02/2024
Desenvolvedor: Cygames, Inc.
Distribuidor: Cygames, Inc., Nuuvem
Gênero: Action RPG
Plataformas: PC, Playstation 4, Playstation 5